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Foto do escritorHelen Loch Apolinário

Alguém já te contou que você é oprimida?

Desde que ganhei a Bela e comecei a compartilhar um pouco do meu dia a dia, percebi alguns incômodos quanto a eu não postar minhas dificuldades, mas apenas as coisas boas. Me deparei com vários posts/ posicionamentos de mulheres que diziam que quem só postava o lado bom da maternidade, prestava um “desserviço” às demais mães. Essas mesmas mulheres, faziam questão de postar todas as reclamações possíveis. Cheguei a receber mensagens do tipo “está tudo bem em não estar tudo bem”, como se eu estivesse escondendo algum jogo. O que me incomodava é que as pessoas queriam me contar sobre como EU estava cansada, oprimida, triste e sozinha.


Por algum tempo observei essa onda de mulheres reclamando nas redes sociais. Uma onda de “compartilhar as dores” e reclamar por tudo. É muito triste que mulheres não tenham rede de apoio, parceiro presente, condições básicas de apoio durante o puerpério. O fato é que essa necessidade de NOS CONTAR o quanto somos oprimidas não é de hoje...


A famosa frase “o particular é político”, diz respeito a tornar os problemas pessoais em uma questão de política pública. Trazendo para o nosso caso, uma imposição de publicação nas redes sociais, ou melhor, compartilhar nossas dores porque isso é o CERTO a ser feito [na ótica feminista].


Betty Friedan, feminista conhecida pelo seu livro “Mística Feminina”, enfatiza o esgotamento físico e mental de criar filhos pequenos.


O feminismo, assim como comunismo, depende da aceitação de uma classe oprimida.

É preciso lhe fazer acreditar o quão difícil é renunciar à sua vida (individualista) para viver em devoção dos filhos.


Quando eu decidi ser mãe, estava ciente que haveria dificuldades, mas elas, nem de perto, superam a felicidade de maternar.


Para Friedan, as mulheres são oprimidas e a forma de remediar essa injustiça é renunciarem totalmente cuidar dos filhos e buscarem carreiras gratificantes. Assim como ela e outras feministas, existe um movimento de exteriorizarem os seus problemas pessoais e culparem a sociedade. Elas repetem todos os dias que somos oprimidas, que cuidar das crianças é algo injusto com as mulheres, que devemos também reclamar e assim nos unirmos a fim de concluirmos o quão difícil é cuidar das crianças e que elas são um atraso para o nosso crescimento individual.


Entenda, o fato novo é que hoje temos as redes sociais para intensificar esse choro, mas esse é um movimento antigo, o de convencer a sociedade o quanto ela é oprimida vivendo em prol da sua família e que o correto é pensar em SI, ser individualista.

O objetivo deles é enfraquecer as famílias. Segundo Yuval Harari, "o Estado e o mercado são a mãe e o pai do indivíduo, na sua luta para quebrar o poder das famílias e comunidades tradicionais". Segundo ele, “Estados e mercados compostos de indivíduos alienados podem intervir muito mais facilmente na vida de seus membros do que Estados e mercados compostos de famílias e comunidades fortes”.


Daí a luta contra famílias e comunidades (igrejas, por exemplo).


É claro que existem problemas, que o puerpério é tenso, até mesmo por uma questão hormonal, além das mudanças na rotina. Depressão pós-parto existe, sim, mas isso não quer dizer que TODAS as mulheres se sentem assim ou que quem não se sente dessa forma deva se resguardar de compartilhar sua felicidade, para não ofender qualquer pessoa que esteja passando por uma situação difícil.


Ao contrário, precisamos sim dizer o quão gratificante é cuidar de uma criança, ou melhor, como bem disse Alice Von Hildebrand, “uma coisa é certa: quando chegar a hora, nada que tiver sido produzido pelo homem subsistirá. Um dia, todas as realizações humanas serão reduzidas a um monte de cinzas. Por outro lado, todas as crianças nascidas de uma mulher viverão eternamente, pois a elas foi concedida uma alma imortal, feita à imagem e semelhança de Deus. Sob essa luz, a afirmação de Simone de Beauvoir de que ‘as mulheres não produzem nada’ mostra-se especialmente ridícula”.


Não deixem que te FAÇAM ACREDITAR em um sofrimento que NEM MESMO VOCÊ sabia que tinha. O feminismo quer nos fazer acreditar que existe uma opressão e que a solução para isso é sermos individualistas.


Sua família é o bem mais precioso deste mundo!

Suas crianças são as únicas obras eternas que você poderá produzir.


Com carinho,

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